O Brasil vem registrando índices alarmantes de desmatamento. Com isso, a biodiversidade diminui e a espécies de vegetação nativas caminham para a extinção. Para ajudar a reverter esse cenário, uma das ações que mais dá resultados positivos é o reflorestamento. Saiba como funciona este processo aqui nesse conteúdo da AmbScience.
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que foram divulgados em uma matéria da revista Veja, a Amazônia registrou recorde de desmatamento no primeiro semestre. Ao todo, foram 3.988 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados na região. A área acumulada de derrubadas é a maior já registrada no período desde o início da série histórica, em 2016.
Dentro desse contexto, que não se restringe somente à região amazônica, é fundamental falar de reflorestamento. Como o próprio nome já indica, o reflorestamento é uma forma de repor a vegetação de uma área que foi degradada por forças naturais ou humanas.
Há dois tipos de reflorestamento, o ecológico e o comercial. O primeiro tem como meta a preservação ambiental e a conservação das espécies de fauna e flora. Por isso, são plantadas árvores nativas. Ou seja, são escolhidas espécies comuns àquela região.
Já o reflorestamento comercial consiste no plantio de florestas específicas para fins comerciais. As siderúrgicas e empresas do ramo de produção de papel costumam realizar esse tipo de reflorestamento. Eucalipto e Pinus são as árvores mais plantadas.
O reflorestamento é uma técnica que proporciona uma série de vantagens para o meio ambiente. Entre os principais exemplos estão: a diminuição da erosão nos solos, a recuperação de nascentes, a retenção de poluentes atmosféricos, a redução do aquecimento global (sequestro de CO2), embelezamento de paisagens, abrigo e alimentação para fauna, proteção de bacias hidrográficas, manutenção da biodiversidade, incentivo ao ecoturismo e contato direto com a natureza, etc.
No início dos anos 2000, o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Florestas (PNF) para estimular o reflorestamento. Ele é executado com os governos estaduais, municipais e a organização civil. São objetivos da iniciativa: fomentar as atividades de reflorestamento, notadamente em pequenas propriedades rurais; recuperar florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas alteradas; apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em florestas; promover o uso sustentável das florestas de produção, sejam nacionais, estaduais, distrital ou municipais; apoiar o desenvolvimento das indústrias de base florestal; entre outros.
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