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Como funciona a manutenção de equipamentos na ETA?

O bom funcionamento de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) é primordial para que os recursos hídricos sejam preservados. Por isso, a operação eficiente de uma ETA demanda a manutenção dos seus equipamentos. Quer saber como deve ser feita a conservação destes materiais? Confira este artigo da AmbScience e entenda como este processo é determinante para a qualidade da água que consumimos.

O que é uma ETA e como ela opera?

As estações de tratamento consistem em um conjunto de instalações e equipamentos com a finalidade de tratar água e esgoto. A água só se torna própria para o consumo da população depois de passar por um processo de tratamento que utiliza elementos físicos e químicos.

Uma Estação de Tratamento de Água (ETA) baseia sua operação na eliminação de impurezas que são encontradas em fontes de água doce, onde é feita a captação e o processo que torna a água potável. O procedimento tradicional que trata a água antes dela ir para o sistema de distribuição é composto por nove etapas: captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração, fluoretação, reservação e distribuição. Todos estes sistemas e operações físicas, químicas e biológicas pelas quais a água é submetida garantem que ela poderá ser usada pela população com segurança, sendo que alíquotas de água tratada passam por análises diárias de alguns indicadores e análises químicas periódicas para avaliação dos parâmetros de Potabilidade exigidos por lei..

Como funciona a manutenção de equipamentos na ETA?

A manutenção dos equipamentos de uma ETA está de acordo com o tipo de equipamento, sua validade, recomendação dos fabricantes, entre outros critérios. Floculadores, decantadores e filtros são alguns exemplos de equipamentos imprescindíveis para o bom desempenho de uma ETA.

Há dois tipos de manutenção: a programada e a emergencial. A primeira é a mais indicada, pois contribui para prevenir a interrupção no tratamento da água, diminuir a ocorrência de reparos emergenciais, reduzir custos e ainda influenciar na durabilidade dos equipamentos. Já a manutenção emergencial deve ser evitada. Mas cabe ressaltar que os operadores devem solucionar os problemas em caráter de emergência com agilidade e segurança.

Um bom plano de manutenção requer:

Ø  Registro de todos os equipamentos;

Ø  Descrição das atividades de manutenção;

Ø  Criação de plano estratégico para solução de problemas;

Ø  Realização de previsão e histórico da manutenção dos equipamentos;

Ø  Armazenamento cuidadoso dos manuais dos equipamentos;

Ø  Existência de um depósito com peças de reposição rotineiras;

Ø  Entre outras ações específicas para cada estação.

 

Além de um plano eficiente de manutenção, todos os equipamentos da ETA devem ser conservados de acordo com as orientações do fabricante. A AmbScience mostra abaixo alguns dos equipamentos mais utilizados nas estações de tratamento de água e os cuidados que eles exigem.

  • Agitadores:sua finalidade é misturar o coagulante com a água durante a mistura rápida mecanizada. É preciso atentar para a instalação deste equipamento a fim de que ele funcione corretamente e tenha uma longa duração. A manutenção dos eixos, pás e hélices dos agitadores, bem como a lubrificação e o engraxamento das engrenagens do misturador contribuem para a sua conservação. Ainda vale destacar que deve-se evitar choques nas pás e hélices para não deformá-las;
  • Floculadores:o zelo com os equipamentos dos floculadores requer as mesmas ações citadas no item acima. Além disso, são necessários cuidados especiais para evitar a corrosão das engrenagens e transmissões, que, em geral, são mais longas e complicadas do que as dos agitadores utilizados na mistura rápida;
  • Decantadores:os equipamentos utilizados nos decantadores são comportas de entrada e saída, raspadores de fundo e as válvulas solenóides. A limpeza dos decantadores pode ser manual ou com raspadores mecanizados. Ela deve ser periódica para que os flocos não sejam arrastados para os filtros e os sobrecarregue. Os raspadores e as válvulas solenóides são utilizados para eliminar o lodo e os materiais do fundo dos decantadores, sem a necessidade do seu esvaziamento. Estes equipamentos são sujeitos à corrosão. O combate aos efeitos corrosivos é uma das principais medidas de manutenção;
  • Filtros:podem ter uma série de equipamentos. São eles: registros de controle de operação e dispositivos auxiliares de comando automático de válvulas e registros; medidores e controladores de vazão (tanto da água filtrada quanto da água de lavagem); medidores de perda de carga (eles indicam a perda de carga ou a pressão da água ao atravessar o meio filtrante); dispositivos de lavagem superficial e mesas de comando do filtro. Todos os equipamentos devem ser sempre checados para garantir seu bom funcionamento. Também são necessários cuidados para evitar entrada de ar na tubulação do filtro. A mesa de comando dos filtros deve estar sempre limpa. O comando e as partes móveis precisam ser engraxados e/ou lubrificados com frequência. Os dispositivos de lavagem superficial deverão ser resistentes à abrasão e mantidos sempre desobstruídos e limpos;
  • Equipamentos de medição de pH, turbidez e vazão em linha:quando existentes, eles devem ser limpos com regularidade e cuidado a fim de que seja assegurado o contato elétrico;
  • Dosadores: são dispositivos com a finalidade de dosar a quantidade correta de produtos químicos. Eles são classificados em: dosadores de solução, dosadores a seco ou dosadores a gás. Sua manutenção deve ser periódica.

 

* As informações deste artigo sobre a manutenção de equipamentos na ETA foram extraídos do “Guia do Profissional em Treinamento (Nível 2) – Operação e manutenção de estações de tratamento de água” feito pelo Núcleo Sudeste de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental – NUCASE.

 

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