A falta de saneamento básico é um dos maiores entraves para nações que estão em desenvolvimento, especialmente o Brasil. Infelizmente, este é um problema estrutural do país e que impacta diretamente a saúde da população. A ausência da coleta de esgoto e fornecimento de água potável, por exemplo, torna as pessoas mais vulneráveis a infecções e até ao novo coronavírus. Entenda a razão neste conteúdo da AmbScience.
Em 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou uma resolução em que reconhece o saneamento básico como um direito humano em função do seu papel preponderante para que os indivíduos tenham uma boa qualidade de vida. Ele se refere a um conjunto de serviços que abrange a coleta e tratamento de esgoto, a gestão de resíduos sólidos, a drenagem urbana e a distribuição de água potável.
Conforme é possível observar, além de influenciar a saúde da população, o saneamento básico também se relaciona com o aumento da produtividade e renda, a expansão das atividades econômicas e o turismo, valorização de imóveis e a preservação do meio ambiente e seus recursos naturais. No entanto, a falta de saneamento básico é uma realidade para 48% da população brasileira, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil divulgado no portal do Senado.
A falta de saneamento básico pode ter consequências muito negativas para a saúde dos habitantes de uma cidade. O contato de uma pessoa com rejeitos e água contaminados causa uma série de doenças em função dos contaminantes ali presentes. Tanto o esgoto doméstico como o comercial e o industrial deve ser tratado antes de ser lançado para o meio ambiente.
Quando os dejetos comercial, industrial e doméstico são despejados em fossas ou até in natura em rios, por exemplo, eles não só contaminam o corpo hídrico como também o solo daquela região. Algumas das doenças mais comuns em razão da falta de saneamento básico são: cólera, leptospirose, giardíase, amebíase, diarreia, dengue, zika, hepatite A, chikungunya, febre amarela, entre muitas outras. Elas são causadas por agentes diversos como bactérias, vírus e protozoários.
Tendo em vista a quantidade de doenças que pode acometer a população que vive em áreas em que há falta de saneamento básico, o investimento neste setor é crucial para a saúde pública. Cidades com taxas altas de saneamento registram menores índices de mortalidade infantil e de atendimento e internações por doenças.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, a falta de saneamento básico voltou à pauta. Uma das principais formas para evitar o contágio pela Covid-19 é a higienização constante das mãos e objetos. E para fazer esta limpeza, ter acesso à água potável é essencial. Como fazer toda essa assepsia sem água limpa?
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