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Universalização de tratamento de esgoto deve ser uma meta a ser alcançada

O tratamento de esgoto é uma medida fundamental para promover a qualidade de vida da população e o desenvolvimento sustentável de uma região. Entretanto, o Brasil está longe de ter esse serviço universalizado. Menos da metade dos esgotos gerados no país são tratados. Saiba como funciona o processo de tratamento de esgoto e todas as suas etapas neste conteúdo da AmbScience.

De acordo com uma reportagem publicada no portal G1 em junho do ano passado, quase metade da população do Brasil continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário. Isso significa que quase 100 milhões de pessoas, ou 47% dos brasileiros, utilizam fossa para lidar com seus dejetos ou lançam o esgoto nos rios. Apenas 46% dos esgotos gerados nos país passam por estações de tratamento de esgoto. Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). 

Além disso, há muitas desigualdades regionais quando o assunto é tratamento de esgoto. Segundo o ranking do Saneamento feito pelo Instituto Trata Brasil, as regiões Sudeste e Sul concentram os municípios com melhor avaliação em saneamento básico. O top 3 é formado pelas cidades de Santos (SP), Maringá (PR) e Uberlândia (MG). 

Entre as principais causas desse cenário ruim em relação ao tratamento de esgoto está o baixo investimento no setor. A reportagem citada acima traz a informação de que grande parte das 100 maiores cidades do país utiliza uma pequena parcela do valor arrecadado para fazer melhorias no serviço, como a manutenção, troca de redes e a expansão dos atendimentos. Dos 100 municípios, 70 reinvestem menos de 30% do que arrecadam.

E como consequência, a ausência de tratamento de esgoto provoca malefícios à saúde humana. Ainda segundo a matéria do G1, apenas nos três primeiros meses de 2020, a falta de saneamento gerou mais de 40 mil internações no Brasil. As internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no período. Além disso, os gastos chegaram a R$ 16,1 milhões. 

E como funciona o tratamento de esgoto?

Após um breve panorama sobre a situação do tratamento de esgoto no país, é hora de falar de como funciona esse processo e as suas etapas. O procedimento ocorre dentro das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), é nesse local que os dejetos residenciais, de indústrias e comércios são levados a fim de que eles tenham a sua carga poluidora diminuída e possam voltar para o meio ambiente sem causar danos ao ecossistema. 

Etapa 1: gradeamento

Essa é a parte inicial, quando o esgoto chega à ETE. Aqui são separados os resíduos sólidos que foram descartados incorretamente como restos de alimentos, fraldas e papel higiênico, por exemplo. Um grande filtro é o responsável por reter esses materiais mais grosseiros;

Etapa 2: desarenação

Aqui, o líquido proveniente da primeira etapa de tratamento de esgoto vai para uma caixa de areia, onde é realizada a remoção dos rejeitos sólidos que ainda podem estar presentes. O líquido que permanece na superfície vai para a fase seguinte e elementos como areia e pedriscos ficam no fundo do tanque;

Etapa 3: tratamento biológico

Nessa fase do tratamento de esgoto o líquido já não apresenta resíduos sólidos e segue para tratamento biológico em um tanque de aeração. No local, seres microscópicos estimulam reações bioquímicas e condensam em flocos de lodo a matéria orgânica que estava dissolvida;

Etapa 4: decantação

Aqui o líquido proveniente da etapa anterior vai para a decantação. O lodo fica no fundo do tanque para futura raspagem e a parte líquida é separada. Ela já está sem impurezas;

Etapa 5: descarte

Todo o lodo produzido é desidratado e vai para um aterro sanitário especializado. Já o esgoto tratado é devolvido para o meio ambiente. 

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Somos uma empresa de meio ambiente, sediada em São Paulo, com atuação nos setores industriais, comerciais e de serviços, realizando o gerenciamento ambiental na sua totalidade, visando o melhor custo-benefício, e priorizando ações sustentáveis. Atuamos no gerenciamento de áreas contaminadas, atendendo todas as fases do processo (investigação ambiental, plano de intervenção, monitoramento, remediação e recuperação da área), além de licenciamento, tratamento e monitoramento de efluentes para atendimento a padrões de lançamento ou reúso, treinamentos e second opinion.

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