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Entenda como funciona o mercado de carbono

O mercado de carbono foi uma das principais soluções encontradas por países ao redor do mundo para incentivar a redução da emissão de gases de efeito estufa. Saiba mais sobre a história da sua criação e como ele funciona nesse conteúdo da AmbScience.


Como surgiu o mercado de carbono?

O mercado de carbono foi criado a partir da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC, em inglês), concebida durante a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro. Anos depois, em 1997, os países signatários se reuniram em Quioto, no Japão, onde decidiram assumir compromissos mais rígidos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa a fim de enfrentar as mudanças climáticas. Daí surge o Protocolo de Quioto.


No entanto, para que o Protocolo entrasse em vigor era necessário reunir 55% dos países que representassem 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que aconteceu em 2004 após a ratificação da Rússia. Com o mercado de carbono, a redução das emissões passa a ser algo que gera valor econômico para os países. De acordo com a convenção, uma uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Esse crédito pode ser negociado no mercado internacional. A diminuição na emissão de outros gases de efeito estufa também rendem valor, ela pode ser convertida em créditos de carbono, conceito chamado de carbono equivalente.

O engajamento de países, tão fundamental para o alcance das metas do mercado de carbono, demanda o comprometimento do setor público e do setor privado também nesse esforço coletivo. Segundo projeções do grupo de Líderes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), a estimativa é que os créditos de carbono oriundos da preservação da Amazônia poderiam render US$ 10 bilhões ao ano para o Brasil.

O funcionamento do mercado de carbono

Há três mecanismos de mercado estipulados pelo Protocolo para reger o mercado de carbono:

– Comércio de emissões: países desenvolvidos que tiverem limites de emissões de sobra, ou seja, que não usaram todo o seu montante de emissões permitidas, podem vender esse contingente que sobrou para outras nações que estão acima do limite de emissões;

– Implementação conjunta: aqui os países desenvolvidos podem atuar em conjunto com outros para alcançar as metas. A partir de um acordo de cooperação, os dois países podem dividir os custos para redução e eles ainda podem transferir tecnologia entre eles;

– Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): esse mecanismo permite a criação de projetos de redução de emissão de gases estufa em países em desenvolvimento que não têm metas fixadas pelo Protocolo. Dessa maneira, os países podem obter reduções certificadas de emissões (CER) e negociá-las com as nações que assinaram o documento, mas não conseguem atingir suas metas. Geralmente, projetos MDL são focados nas áreas de transporte, energia e florestal.

O mercado de carbono e os benefícios que trazem para empresas

As organizações que atuam no mercado de carbono conseguem auferir uma série de vantagens. A partir do momento em que as empresas comprovam a redução da emissão de gases estufa, elas obtêm créditos que carbono que podem ser comercializados. Além dos benefícios econômicos, a instituição que é ativa nesse setor melhora a imagem da sua marca perante o seu público alvo. Pois, assim ela mostra que está em sintonia com a luta contra as mudanças climáticas e preza pela natureza e a qualidade de vida da sociedade.

Para se ter uma ideia,  empresas doaram créditos de carbono para realização de grandes eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.


Quer saber mais sobre o mercado de carbono, regulação e como inserir o seu negócio dentro desse contexto? Entre já em contato com a AmbScience!    

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