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Vazamento de petróleo

Vazamento de petróleo: como impedir uma maior destruição do meio ambiente?

Após as queimadas na Amazônia, o Brasil se tornou manchete por causa de mais um desastre ambiental. Desde o início do mês de setembro foram verificadas manchas de óleo em mais de 130 pontos do litoral da região Nordeste. As investigações para saber a origem e circunstâncias do vazamento de petróleo cru estão em curso. Mas, esta é uma situação grave que exige um plano de contingência para minimizar os danos ao meio ambiente. A AmbScience faz uma reflexão sobre a catástrofe ambiental neste artigo.

Embora já tenha sido comprovado o potencial poluidor do petróleo, ele continua sendo um dos principais insumos de produtos que utilizamos no dia a dia e uma parte importante para a economia de diversos países ao redor do mundo. Entretanto, não é só a queima desta substância e seus derivados que provoca malefícios ao ecossistema, o vazamento de petróleo no meio aquático causa impactos devastadores para o meio ambiente. Por isso, as empresas que lidam com o petróleo em seus processos de produção devem ter planos de contingência definidos.

A legislação brasileira prevê que as empresas petrolíferas e que utilizam a substância no seu cotidiano devem apresentar planos de contingência Individual (PEI), de Área (PA), Regional (PR) e Nacional (PNC) a incidentes de poluição por óleo nas águas nacionais. Estes planos precisam ser aprovados pelo órgão ambiental. Em casos de vazamento de petróleo, é fundamental que seja dada uma resposta rápida com equipes capacitadas e equipamentos eficientes para conter e recolher as manchas de óleo.

De acordo com uma reportagem do portal UOL são consideradas três hipóteses de causa deste vazamento de petróleo que afetou praias nordestinas no Brasil: o naufrágio de uma embarcação, um despejo criminoso ou um acidente na passagem de óleo de um navio para outro. Além disso, a matéria levanta a questão sobre a punição que pode ser imputada à empresa responsável. Há duas esferas de responsabilização neste caso: civil e criminal. A primeira irá buscar indenização para cobrir todos os danos econômicos e ambientais, de curto e longo prazo. Já na esfera criminal será necessário investigar se as partes envolvidas tiveram a intenção de cometer aquele crime ou assumiram o risco de que esses danos ocorressem. Empresas e até países podem ser responsabilizados.

 

Danos decorrentes de vazamento de petróleo são graves

O vazamento de petróleo causa sérios danos ao ecossistema marinho. A fauna e flora que entram em contato com o óleo são prejudicados instantaneamente e a longo prazo. As algas, os peixes, mamíferos e aves têm a sua sobrevivência ameaçada. A presença da substância afeta a fotossíntese das algas e reduz a quantidade de gases necessários para a vida delas. Já os mamíferos, peixes e aves marinhas são intoxicados pela ingestão de hidrocarbonetos que estão presentes no petróleo, além de afetar o isolamento térmico destes animais e comprometer a capacidade de voar dos pássaros.

A presença do óleo nas praias nordestinas, por exemplo, também provoca prejuízos para a vida humana. Ele pode causar a irritação da pele e olhos dos indivíduos. Além disso, neste caso ele traz malefícios à economia da região, ao afetar o turismo  e as atividades pesqueiras.

Por todas estas razões, é imprescindível sejam adotados protocolos de emergência rápidos para conter os avanços do petróleo pelas águas. Quanto maior o tempo para tomada de uma ação de contenção e limpeza, piores são os impactos para a natureza e por mais tempo perdurarão.

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