A água é o principal recurso natural para a manutenção de toda a forma de vida do planeta. Mas não é uma fonte inesgotável de recursos, ao contrário do que se dizia há algumas décadas. Pelo contrário, cada vez mais percebemos que seu volume não acompanha o crescimento exponencial da população mundial e que estão cada vez mais degradadas por diversos contaminantes, sendo necessária a adoção de diversas medidas para o seu reaproveitamento. No post de hoje da Ambscience, falaremos sobre as águas residuais, seus tipos e como é possível tratá-las para serem novamente consumidas com segurança.
Entendemos como águas residuais, também chamadas de esgoto, aquelas que foram de alguma maneira manipuladas pelo consumo humano. Esta utilização modificou a estrutura original da água, que agora conta com a presença de diversas substâncias, sejam orgânicas (esgoto) ou substâncias químicas diversas. Existem diferentes categorias como veremos as principais a seguir:
– Água da chuva: embora esteja livre de resíduos de intervenções humanas, a água da chuva não é própria para consumo. Por escoar sobre diversas superfícies como ruas e telhas, essa água carrega diversos poluentes que acabam por contaminá-la.
– Águas industriais ou agrícolas: presentes nessas localidades, essas águas contêm alto nível de aditivos químicos que exigem técnicas criteriosas de tratamento para sua reutilização de forma segura.
– Águas esidenciais: é toda água resultante de uso doméstico como água do banho com resíduos orgânicos de bactérias do nosso corpo, substâncias químicas de shampoo e sabonete, além da água suja após lavagem de roupas e louças.
– Águas urbanas: é uma junção de toda a água produzida pelos contextos doméstico e industrial, geradora de um aumento residual no município.
– Águas turísticas: são provenientes de regiões hoteleiras ou determinadas áreas ou períodos em que há um aumento considerável de indíviduos produtores destes resíduos.
O esgoto a céu aberto, algo comum nas regiões mais pobres do Brasil, escorre diretamente para os rios e mares, sem passar por tratamentos prévios, ocasionando diversos problemas ao meio ambiente como:
– Infecções e doenças: sobretudo da população que não tem acesso ao sistema de abastecimento de água e precisam coletá-la diretamente dos rios. A alta concentração de bactérias e poluentes dessas águas sem tratamento pode acarretar doenças como hepatite A, cólera e leptospirose.
– Danos ambientais: o esgoto sem tratamento, além de contaminar o solo, flui em direção aos corpos de água doce e mares e afetam a composição da água. O resultado é a diminuição de oxigênio que compromete a qualidade da água e prejudica as espécies aquáticas.
A gestão de águas residuais pode promover diversos benefícios ao meio ambiente e à economia. As iniciativas, que envolvem os setores público e privado, devem focar no saneamento da água através de práticas como: tratamento de efluentes; retenção de águas residuais e tratamento adequado de acordo com cada categoria de água residual e aproveitamento de água limpa em ambientes naturais.
O conhecimento do tipo de água residual é determinante para a definição da forma de tratamento que deverá ser empregada e quais contaminantes deverão ser retirados. Através da conscientização e práticas sustentáveis, é possível recuperar as águas residuais, eliminando o desperdício do nosso maior recurso de sobrevivência. Quer continuar por dentro de notícias ambientais? Acesse o site da Ambscience.