Assinado por 195 países há cinco anos, o Acordo de Paris é uma espécie de pacto global para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. Por isso, o seu êxito depende do esforço coletivo de todos os signatários, principalmente aqueles que mais poluem. Dentro deste contexto, qual a importância de Brasil e EUA? Saiba mais sobre o Acordo de Paris nesse conteúdo da AmbScience.
O Acordo de Paris é um tratado que foi estabelecido durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) em 2015 com o objetivo principal de conter o aquecimento global. Para o acordo entrar em vigor foi necessário que os países que representam em torno de 55% da emissão de gases de efeito estufa o ratificassem. Isso só aconteceu após muitas negociações em 2016. Até 2017, 195 países assinaram e 147 ratificaram.
No entanto, o Acordo de Paris sofreu alguns reveses nos últimos anos. Em 2017, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos iriam se retirar do Acordo. A saída formal aconteceu no dia 4 de novembro de 2020 e fez do país o primeiro do mundo a abandonar o pacto climático internacional. Felizmente, o presidente eleito Joe Biden confirmou que devolverá os EUA ao Acordo de Paris.
Cabe destacar que os Estados Unidos têm um peso fundamental para o Acordo de Paris porque eles são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, ficando atrás somente da China. E quanto ao Brasil? De acordo com reportagem do Jornal Nacional, o país se tornou o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta. Um relatório feito pelo Observatório do Clima revelou que, em 2019, as emissões registraram o maior aumento desde 2003. Esse aumento do lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera é fruto, principalmente, da aceleração do desmatamento no Brasil. Na Amazônia, por exemplo, o desmatamento atingiu um recorde em 12 anos.
Com a assinatura do Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37% (comparados aos níveis emitidos em 2005, quando o país emitiu cerca de 2,1 bilhões de toneladas de gás carbônico), estendendo essa meta para 43% até 2030. Entre as metas estão o aumento do uso de fontes alternativas de energia, utilização de tecnologias limpas nas indústrias, diminuição do desmatamento, aprimoramento da infraestrutura de transportes, etc.
O Acordo de Paris estipula metas diferentes para países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Enquanto os países desenvolvidos estão à frente do acordo e devem estabelecer metas numéricas a serem alcançadas em relação à emissão de gases de efeito estufa, ospaíses subdesenvolvidos precisam elevar os esforços para continuar atingindo as metas propostas.
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