Fontes de contaminação que contém a substância são diversas. Câncer e problemas respiratórios e cardiovasculares são alguns dos malefícios advindos do contato do homem com os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
Um estudo recente feito por uma instituição francesa chamou a atenção para a presença de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em fraldas descartáveis. Eles alertaram que o uso prolongado delas podem representar danos para a saúde dos bebês. Mas por que os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são tão perigosos? Saiba a resposta neste post da AmbScience!
A Agência Nacional de Segurança Sanitária da Alimentação, Meio Ambiente e Trabalho da França realizou uma pesquisa e verificou uma situação preocupante. Foram detectadas 60 substâncias tóxicas em fraldas descartáveis de marcas famosas para crianças. O portal Área de Mulher divulgou uma matéria sobre o assunto em janeiro deste ano e destacou a descoberta da presença dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos na lista destas substâncias.
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) consistem em uma família de compostos que podem ter dois ou mais anéis aromáticos condensados. Estes compostos são produzidos pela queima incompleta de substâncias orgânicas, como a gasolina, a lenha e o carvão. Há ainda outras fontes: as fotocopiadoras, a fumaça de cigarros e processos industriais, como a produção de alumínio e de combustíveis e derivados de petróleo.
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são poluentes orgânicos persistentes. Por isso, são estáveis e persistem no meio ambiente. Isto é, eles resistem à degradação química e biológica. Estes compostos também são bioacumulativos, o que significa dizer que acumulam nos organismos vivos ao longo do tempo.
Alguns exemplos de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são: benzo[a]pireno, naftaleno, acenafteno, acenaftileno, antraceno, fluoreno, fenantreno, fluoranteno, pireno, benzo(a)antraceno, criseno e dibenzo(a,h)antraceno.
A população pode entrar em contato com os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos de diferentes formas:
1) Pelo ar: ligado ao hábito de fumar e respirando ar em grandes cidades ou locais com tráfego intenso de veículos;
2) Pela ingestão de alimentos contaminados: verificado em alimentos processados e carnes de animais que tiveram seu hábitat contaminado com a substância. Também podemos destacar a ingestão de carne que teve contato com fumaça de carvão ou lenha;
3) Pela água: ingestão ou utilização de água que contenha hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. A contaminação de corpos d’água pode ocorrer devido ao descarte incorreto de resíduos industriais com a substância;
4) Pelo solo: os compostos “entram” nas folhas das plantas e percorrem um caminho até o solo.
Seja através da pele, da respiração ou da ingestão, o contato do indivíduo com os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos é muito perigoso. Por serem muito lipofílicas, estas substâncias são absorvidas rapidamente pelo corpo humano, ligando-se às nossas células de gordura. Além disso, cabe ressaltar que o nível de poluição atmosférica é determinante para o grau de contaminação do homem. A importância deste fator é devido a atividades como a industrialização e o tráfego de veículos, por exemplo.
A lista de danos causados ao homem devido à contaminação por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos é longa. Conheça alguns destes prejuízos à saúde da população: