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Medidas compensatórias ambientais: o que são e como aplicar?

Quando um empreendimento ou atividade causa impactos ambientais que não podem ser totalmente evitados ou mitigados, a legislação brasileira prevê a adoção de medidas compensatórias. O objetivo é equilibrar as perdas ambientais por meio de ações que gerem benefícios equivalentes ou superiores para o meio ambiente e a sociedade.

Mais do que uma exigência legal, as medidas compensatórias são também uma forma de reforçar o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental

O que são medidas compensatórias ambientais?

De forma simples, trata-se de ações implementadas para compensar impactos ambientais inevitáveis gerados por um projeto, obra ou atividade. Essas medidas não substituem o controle e a mitigação de danos, mas entram em cena quando, mesmo após todas as ações preventivas e corretivas, ainda restam efeitos significativos sobre o meio ambiente.

No Brasil, o conceito é amparado por leis e normas, como a Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), e por resoluções do CONAMA. Um exemplo bastante conhecido é a compensação de áreas desmatadas por meio do plantio de mudas nativas ou da recuperação de áreas degradadas.

Exemplos de medidas compensatórias

As formas de compensar os impactos variam conforme a natureza do dano e o que for acordado com os órgãos ambientais. Entre as ações mais comuns estão:

  • Recuperação ou restauração de áreas degradadas;
  • Proteção e manejo de unidades de conservação;
  • Plantio compensatório com espécies nativas;
  • Apoio a programas de educação ambiental;
  • Implantação de projetos de pesquisa e monitoramento ambiental;
  • Preservação de habitats de espécies ameaçadas.

Como aplicar medidas compensatórias?

O processo começa com a avaliação de impacto ambiental. Durante o licenciamento, os órgãos competentes analisam o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para determinar se serão necessárias medidas compensatórias e em qual escala.

A partir daí, o empreendedor deve:

  1. Atender às exigências legais e condicionantes da licença — cada medida deve estar formalmente aprovada pelo órgão ambiental;
  2. Escolher ações proporcionais ao impacto causado — a compensação deve gerar benefícios ambientais equivalentes ou superiores;
  3. Definir um cronograma de execução — muitas vezes, as medidas devem ser implementadas antes ou durante a operação do empreendimento;
  4. Fazer o monitoramento e comprovação — relatórios e auditorias são fundamentais para demonstrar que as ações estão sendo cumpridas e surtindo efeito.

Por que investir em medidas compensatórias?

Além de evitar penalidades e embargos, adotar corretamente essas medidas fortalece a imagem da empresa e contribui para a conservação ambiental de forma concreta. Isso mostra à sociedade e aos órgãos reguladores que a organização busca não apenas cumprir a lei, mas atuar de forma ética e responsável.

Na AmbScience, desenvolvemos e acompanhamos projetos de compensação ambiental de forma técnica e personalizada, garantindo que as ações estejam alinhadas às exigências legais e gerem resultados positivos para o meio ambiente.

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