Quando falamos em contaminação do solo e da água subterrânea, é natural pensar em soluções que bloqueiem ou removam os poluentes do ambiente. Uma dessas soluções é a barreira reativa permeável (BRP) — uma tecnologia que se destaca por ser eficiente, de baixo impacto e bastante eficaz no longo prazo.
Mas afinal, o que é uma BRP? E como ela atua para conter a contaminação? Vamos entender melhor.
As barreiras reativas permeáveis são estruturas instaladas no subsolo, geralmente em forma de trincheiras ou de pontos de injeção, preenchidas com materiais reativos. Sua função é interceptar a pluma de contaminação que se move com o fluxo da água subterrânea e tratar os poluentes diretamente no local, de forma passiva.
O nome “permeável” se refere ao fato de que a água consegue passar por essa barreira — ao contrário de barreiras impermeáveis, que apenas fazem a contenção ou desviam o fluxo. Já o termo “reativa” indica que os materiais presentes na barreira reagem com os contaminantes, promovendo sua degradação, transformação ou imobilização.
Ou seja: a BRP não impede a passagem da água, mas transforma os poluentes enquanto ela atravessa o sistema.
As barreiras são posicionadas estrategicamente no caminho da pluma de contaminação. Quando a água contaminada passa por ali, entra em contato com os materiais reativos — como ferro metálico, carvão ativado, zeólitas, calcário ou compostos orgânicos — que interagem com os poluentes, reduzindo sua toxicidade ou impedindo que eles sigam se espalhando.
Dependendo do tipo de contaminação (como metais pesados, solventes clorados ou hidrocarbonetos), diferentes materiais são escolhidos para garantir a melhor performance de tratamento.
Entre os principais benefícios das barreiras reativas permeáveis, estão:
Essa solução é recomendada especialmente para locais com contaminação já identificada e onde há fluxo constante de água subterrânea e com concentrações gerenciáveis. É ideal em áreas industriais desativadas, postos de combustíveis ou locais com vazamentos antigos.
Antes da instalação, é essencial realizar um estudo detalhado do solo, da extensão da pluma e do tipo de contaminante envolvido. A escolha do material reativo também deve ser feita com base nessas análises.
As barreiras reativas permeáveis são um exemplo de como a engenharia ambiental pode oferecer soluções inteligentes, sustentáveis e eficazes para problemas complexos como a contaminação do subsolo.
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