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Saúde pública: controle de vetores

Saúde pública depende de um controle de vetores efetivo que tenha em vista a preservação dos recursos naturais

O controle de vetores é um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil. E o cuidado com o meio ambiente está na raiz deste problema. As condições de determinado ecossistema são cruciais para a proliferação de animais transmissores de doenças. Saiba neste artigo da AmbScience como a saúde pública é afetada com a ineficiência do controle de vetores. Conheça ainda quais são as principais doenças que acometem a população.

Os vetores são insetos ou outros tipos de animais que habitam o meio urbano. Mosquitos, pulgas, cupins, formigas, baratas, ratos e os “barbeiros” são alguns exemplos. Eles atuam como intermediários ao hospedar bactérias ou vírus e transmitir uma série de doenças quanto entram em contato com as pessoas. Como a presença destes tipos de animais é recorrente nas cidades, as patologias disseminadas por eles se alastram facilmente. E um quadro de epidemia, por sua vez, provoca muitos danos para a saúde pública. Hospitais e postos de saúde sobrecarregados e altos custos para controlar o surto de doenças são algumas das consequências.

Confira algumas das doenças causadas por vetores que mais trazem prejuízos para a saúde pública:

  • Dengue:o seu vetor é o mosquito Aedes aegypti. Somente a fêmea transmite esta doença, ela pode colocar até 200 ovos. Geralmente, estes são colocados em caixas d’água sem tampa, pneus com água parada, calhas, garrafas vazias, etc. Este de mosquito está presente em todo o país, mas ele se prolifera mais facilmente em locais de clima quente e úmido. A dengue pode ser clássica ou hemorrágica, esta última é mais grave. As regiões Centro-Oeste e Sudeste registraram o maior número de casos de dengue em 2018. O mais afetado foi o estado de Goiás com mais de 60 mil registros da doença, segundo uma reportagem do portal de notícias G1;
  • Zika: também tem como vetor o mosquito Aedes aegypti. Entretanto, ela ainda pode ser transmitida de mãe para filho durante a gestão e através de relação sexual. Seus sintomas são parecidos com os da dengue, mas a doença tem relação com uma patologia chamada microcefalia. De acordo com a matéria citada acima, o estado do Rio de Janeiro liderou a lista com o maior número de casos em 2018 com quase dois mil;
  • Chikungunya: outra doença com o mosquito Aedes aegypti como vetor. Os sintomas dela são parecidos com as duas citadas acima e incluem fortes dores nos ossos e nas articulações. O Rio de Janeiro também se destaca com quase 30 mil casos registrados;

 

  • Leptospirose:é transmitida por meio da urina de roedores, principalmente em épocas de enchentes. Animais como ratos, ratazanas e camundongos se proliferam rapidamente em diversos tipos de ambientes. Eles ainda podem causar mazelas como a peste bubônica e a sarna.

Estes são apenas alguns exemplos de doenças decorrentes da falta de consciência em relação ao meio ambiente, o que gera graves efeitos para a saúde pública. Afinal, todas estas patologias são sérias e podem levar a vítima à morte. A água e seu armazenamento, o clima, a temperatura, a umidade, a densidade, a vegetação e as condições das habitações são fatores determinantes para a proliferação destes vetores.

 

Redução de danos para a saúde pública: mecanismos de controle de vetores

A fim de reduzir os problemas de saúde pública causado por essas doenças, empresas e governos costumam fazer o controle de vetores. Eles podem ser executados por meio de três formas principais:

1 – Controle biológico
Neste tipo de controle de vetores é comum utilizar parasitas, patógenos ou predadores naturais para controlar a população de determinado animal que seja vetor de doenças.

2 – Controle mecânico ou ambiental
São usados métodos com a finalidade de atingir a área onde os vetores se reproduzem, tais como a eliminação de locais com água parada, por exemplo. Além disso, também podem ser empregadas maneiras de limitar o contato dos humanos com o vetor, como o uso de mosquiteiros e telas nas janelas.

3 – Controle químico
Consiste na aplicação de inseticidas para controlar a população de insetos. São empregadas substâncias específicas para combater cada tipo de vetor. Para este tipo de controle existe o agravante da resistência dos vetores aos produtos utilizados ao longo do tempo e necessidade de pesquisas e desenvolvimento de novos produtos.

 

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